Suspeito de matar a família em SP teria montado grupo de 'mercenários'

16 ago 2013 - 12h14
(atualizado às 13h26)
<p>Polícia quer ouvir também primeira equipe que chegou na casa dos PMs mortos em chacina em São Paulo</p>
Polícia quer ouvir também primeira equipe que chegou na casa dos PMs mortos em chacina em São Paulo
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

Após colher depoimentos de colegas do jovem Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, apontado como suspeito de uma chacina contra a própria família em São Paulo, a polícia acredita que deu o primeiro passo para elucidar as motivações dos crimes. O jovem teria montado um grupo na escola em que estudava com inspiração no mundo do crime e no game Assassin's Creed, chamado Os mercenários. Os membros do grupo costumavam usar capuz - em algumas fotos Marcelo aparece assim - e teriam de atingir pessoas próximas de suas relações. 

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Em outra linha de trabalho, a Corregedoria da Polícia Militar disse nesta semana que investigará também os PMs suspeitos de terem convidado a cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, mãe do menino, a participar de roubos de caixas eletrônicos. Na terça-feira, o deputado estadual e major da PM Olímpio Gomes (PDT) informou à Corregedoria sobre o convite recebido por Andreia. A policial denunciou os colegas ao então comandante de seu batalhão, o capitão Fábio Paganoto, mas ele foi transferido após começar a investigar o caso.

Chacina de família desafia polícia em São Paulo

Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

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Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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