Termina operação de tropas das Forças Armadas da Rocinha

29 set 2017 - 12h14
As tropas estavam na Rocinha desde o último dia 17 em função de um conflito entre traficantes rivais pelo controle de pontos de venda de drogas na região, colocando em risco a vida dos moradores
As tropas estavam na Rocinha desde o último dia 17 em função de um conflito entre traficantes rivais pelo controle de pontos de venda de drogas na região, colocando em risco a vida dos moradores
Foto: Agência Brasil

As tropas das Forças Armadas que faziam a segurança de toda a região da Favela da Rocinha, no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, não estão mais na comunidade. O último grupo de militares deixou o local às 8h desta sexta-feira (29), segundo informou o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar. A operação de saída dos militares começou às 4h da madrugada.

As tropas estavam na Rocinha desde o último dia 17, quando foram acionadas por solicitação do governo fluminense em função de um conflito entre traficantes rivais pelo controle de pontos de venda de drogas na região, colocando em risco a vida dos moradores.

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Nessa quinta-feira (28), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou a saída das tropas hoje, diante da situação da Rocinha ter se estabilizado com o fim dos confrontos entre os traficantes. Na avaliação do ministro, os resultados das operações desencadeadas nos últimos dias também mostraram redução nas apreensões de armas e nas prisões de criminosos.

Além disso, segundo Jungmann, com o deslocamento de traficantes da comunidade para outras regiões, de acordo com o ministro, não havia motivo para manter o efetivo de 950 militares no local e deixar outras áreas da cidade sem o apoio das Forças Armadas.

Os conflitos na Rocinha se agravaram com a tentativa de invasão, no dia 17, do grupo de aliados do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, para a retomada do comando do tráfico de drogas no local, que foi assumido por Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, ex-segurança de Nem. Houve intensos tiroteios que deixaram moradores em pânico, crianças sem aulas, unidades de saúde com atendimento suspenso e o comércio fechado.

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