'Tiraram você de mim', diz esposa de motorista de aplicativo morto no Aeroporto de Guarulhos

Celso Araújo estava internado na UTI, mas não resistiu aos ferimentos

10 nov 2024 - 19h38
(atualizado às 19h51)
Simone Novais homenageia marido Celso Araújo
Simone Novais homenageia marido Celso Araújo
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A esposa do motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, que foi atingido por um tiro de fuzil na última sexta-feira, 8, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, lamentou a morte do marido por meio das redes sociais. "Meu amor, um dia vamos nos reencontrar. Estou sem chão. Tiraram você de mim", escreveu Simone Novais em um vídeo com imagens do casal.

Celso Araújo foi uma das pessoas atingidas no atentado que matou o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach. Ele era motorista de aplicativo e um dos seus pontos favoritos de trabalho era o Terminal do 2, mesmo local no qual foi baleado.

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Ele foi atingido com um tiro de fuzil nas costas e perdeu parte do fígado e um rim. Celso estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Geral de Guarulhos, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no sábado, 9.

Depois de ter sido atingido pelo disparo, ele foi levado por uma ambulância, onde gravou um vídeo e enviou para a esposa. "Levei um tirou, tô na ambulância", disse. 

Ao Estadão, Simone afirmou que tentou falar com o marido depois do envio do vídeo, mas não conseguiu. Quando ela chegou ao hospital, ele já estava inconsciente, mas um amigo, que o acompanhou na ambulância, explicou o ocorrido.

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Além de Celso, outras duas pessoas ficaram feridas no tiroteio: um funcionário do aeroporto e uma mulher de 28 anos. Ambos estão estáveis.

Motorista que morreu em ataque a delator do PCC gravou vídeo para a esposa: ‘Estou na ambulância’
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Quem era Vinícius Gritzbach

O empresário Antonio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta sexta-feira, 8. Ele foi executado no Terminal 2, por volta das 16h10.

Vinícius foi apontado como delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Há relatos de que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela sua morte. Segundo informações do Estadão, Gritzbach fechou um acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril.

A Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito no sábado, 9, para investigar o assassinato do empresário. Em nota, a PF afirmou que a investigação será realizada de "forma integrada" com a Polícia Civil de São Paulo.

"A Polícia Federal instaurou inquérito policial para apurar o homicídio ocorrido nesta sexta-feira no desembarque do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. A investigação será realizada de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo e decorre da função de polícia aeroportuária da instituição", disse.

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A segurança do empresário era feita, de maneira informal, por policiais militares. A Polícia Civil apreendeu os celulares dos agentes e investiga se eles possuem possível envolvimento com o caso. Os PMs foram afastados de suas funções. O aparelho da namorada do empresário, que fugiu do local após os tiros, também foi apreendido.

Fonte: Redação Terra
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