TJ-MG nega recurso da defesa para redução de pena de Bruno

Desembargadores rejeitam pedido de revisão da decisão da pena do goleiro, acusado por seu envolvimento na morte de Eliza Samudio

26 out 2017 - 14h25
(atualizado às 14h49)

O goleiro Bruno Fernandes amargou na noite de quarta-feira uma derrota judicial. Segundo informações do G1, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou recurso solicitado pelos seus advogados, no qual pediam a revisão da decisão que reduziu sua pena pela morte de Eliza Samudio.

Os advogados de Bruno tinham apresentado um embargo da declaração, afirmando que houve três omissões no acórdão e exigindo uma redução de pena maior. Em 27 de setembro, a pena do goleiro foi reduzida de 22 anos e três meses de prisão para 20 anos e nove meses de prisão.

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Condenação a Bruno segue com 20 anos e nove meses de prisão (Reprodução)
Condenação a Bruno segue com 20 anos e nove meses de prisão (Reprodução)
Foto: Lance!

No entanto, a turma julgadora, composta por três desembargadores, negou o recurso dos advogados de Bruno. Aos seus olhos, não houve omissão do processo.

ENTENDA O CASO

Preso desde 7 de julho de 2010, sob acusação de de envolvimento no desaparecimento da modelo Eliza Samudio, Bruno foi julgado em 8 de março de 2013. O goleiro recebeu a pena de 22 anos e três meses de prisão por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da modelo. Além disto, foi configurado sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, de quem não tinha reconhecido a paternidade.

Mesmo sendo condenado, Bruno ficou preso enquanto aguardava o julgamento do recurso da defesa ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Em fevereiro de 2017, o ministro do STF, Marco Aurélio de Mello, chegou a determinar sua soltura.

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Após deixar a cadeia, o goleiro foi contratado pelo Boa Esporte, em acerto que rendeu a fuga de patrocinadores do clube. Sua trajetória durou cinco partidas no Hexagonal Final do Módulo II do Campeonato Mineiro. Porém, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal a revogação do habeas corpus.

O STF, por três votos a um, exigiu que Bruno voltasse imediatamente para a cadeia. Atualmente, ele cumpre pena em Varginha, conforme autorizado pelo TJ-MG. Além disto, recebeu autorização em agosto de 2017 para dar aulas de futebol a crianças e adolescentes no Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap).

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