O goleiro Bruno Fernandes amargou na noite de quarta-feira uma derrota judicial. Segundo informações do G1, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou recurso solicitado pelos seus advogados, no qual pediam a revisão da decisão que reduziu sua pena pela morte de Eliza Samudio.
Os advogados de Bruno tinham apresentado um embargo da declaração, afirmando que houve três omissões no acórdão e exigindo uma redução de pena maior. Em 27 de setembro, a pena do goleiro foi reduzida de 22 anos e três meses de prisão para 20 anos e nove meses de prisão.
No entanto, a turma julgadora, composta por três desembargadores, negou o recurso dos advogados de Bruno. Aos seus olhos, não houve omissão do processo.
ENTENDA O CASO
Preso desde 7 de julho de 2010, sob acusação de de envolvimento no desaparecimento da modelo Eliza Samudio, Bruno foi julgado em 8 de março de 2013. O goleiro recebeu a pena de 22 anos e três meses de prisão por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da modelo. Além disto, foi configurado sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, de quem não tinha reconhecido a paternidade.
Mesmo sendo condenado, Bruno ficou preso enquanto aguardava o julgamento do recurso da defesa ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Em fevereiro de 2017, o ministro do STF, Marco Aurélio de Mello, chegou a determinar sua soltura.
Após deixar a cadeia, o goleiro foi contratado pelo Boa Esporte, em acerto que rendeu a fuga de patrocinadores do clube. Sua trajetória durou cinco partidas no Hexagonal Final do Módulo II do Campeonato Mineiro. Porém, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal a revogação do habeas corpus.
O STF, por três votos a um, exigiu que Bruno voltasse imediatamente para a cadeia. Atualmente, ele cumpre pena em Varginha, conforme autorizado pelo TJ-MG. Além disto, recebeu autorização em agosto de 2017 para dar aulas de futebol a crianças e adolescentes no Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap).
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