O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu habeas corpus a 13 dos 19 ativistas detidos no último sábado - véspera da final da Copa do Mundo, para quando estava planejado um protesto na cidade. A decisão é do juiz Siro Darlan, da 7ª Vara Criminal, e foi confirmada pela Justiça enquanto, nas ruas, um protesto pedia a liberdade dos manifestantes.
Ao todo, 26 mandados de prisão haviam sido emitidos pela Justiça contra manifestantes no último sábado por suspeita de prática de atos violentos em manifestações. As prisões foram resultado da Operação Firewall 2, coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Ainda não há confirmação oficial da lista dos ativistas liberados. Dos 13, sete obtiveram habeas corpus por meio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Seis ativistas seguem presos e noves estão foragidos. Entre os ainda detidos estaria a ativista Elisa Quadros, a "Sininho".
A prisão dos ativistas recebeu críticas da sociedade civil. A seccional carioca da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) e o Instituto de Defesa dos Direitos Humanos repudiara a prisão com base na argumentação do possível dano futuro dos manifestantes. Entre os detidos está uma professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que, em nota oficial assinada pelo reitor, Ricardo Vieralves, também questionou as prisões.