Valdemar está "entregando Bolsonaro pra tentar manter PL", diz deputado

"Com a comprovação de que o partido financiou a ação dos militares das forças especiais, a intentona golpista vai terminar com o registro cassado e Bolsonaro covardão na prisão", disse Rogério Correia, do PT

19 mar 2024 - 16h36

O deputado federal Rogério Correia (PT) declarou, nesta terça-feira (19), em sua conta no X, que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, está "entregando Bolsonaro para tentar manter o PL funcionando, mas nem assim conseguirá". Aliados do ex-presidente vêm sendo investigados na tentativa de instigação de um golpe de Estado, seguindo a derrota de Bolsonaro.

Presidente do PL depôs à PF no último dia 22
Presidente do PL depôs à PF no último dia 22
Foto: Alessandro Dantas e Valter Campanato / Perfil Brasil

"Com a comprovação de que o partido financiou a ação dos militares das forças especiais, a intentona golpista vai terminar com o registro cassado e Bolsonaro covardão na prisão", completou, referenciando a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em pronunciamento após reunião ministerial, na última segunda-feira (18), chamou Bolsonaro de "covardão".

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Durante seu depoimento à Polícia Federal, Valdemar Costa Neto revelou que sofreu pressão de Jair e outros deputados da sigla para entrar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de contestação dos resultados da votação presidencial de 2022. "Nunca foi apresentado nada consistente", disse o líder do PL.

Valdemar também disse que o ex-presidente ficou inconsolável depois de sua derrota. "Não havia fluxo de pessoas, o presidente quase não conversava com ninguém e o clima era de luto". Ele também o visitou algumas vezes "para tentar animar o presidente, que estava muito abatido".

Indiciamento

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.

O tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foram indiciados pelos dois crimes. Cid foi indiciado por uso indevido de documento falso. O crime de associação criminosa prevê pena de um a três anos; o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de dois a 12 anos.

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