Saques a estabelecimentos comerciais, arrastões e uma população sitiada. Tudo isso somado às 75 mortes violentas foram alguns dos motivos que levaram a mineradora Vale a suspender por um dia as viagens feitas entre Vitória e Belo Horizonte.
Na segunda-feira (6), a companhia decidiu interromper as viagens entre as duas capitais no dia seguinte alegando, “garantir a segurança das pessoas que utilizam o transporte ferroviário de passageiros diariamente, bem como de seus empregados que atuam no interior do trem e nas estações ferroviárias localizadas no Espírito Santo.”
Veja, a seguir, a nota da Vale:
“Nesta quarta-feira, 8, o Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas volta a levar passageiros entre as duas capitais do país. As partidas tanto da estação Pedro Nolasco, em Cariacica (ES), quanto da estação Central de Belo Horizonte (MG) serão realizadas no horário habitual, ou seja, às 7h e às 7h30, respectivamente.
A paralisação foi feita para garantir a segurança dos usuários do Trem e também dos empregados que trabalham na composição. Aos que já tinham viagem marcada para a terça-feira, 7, é possível remarcar o bilhete, ou pedir o reembolso do valor investido. Para isso, basta procurar qualquer uma das estações localizadas ao longo da Estrada de Ferro em até 30 dias.”
Nessa terça-feira (7) o Governo do Espírito Santo confirmou a chegada de aproximadamente 1.200 militares das Forças Armadas no Estado para ajudar no restabelecimento da segurança. Há quatro dias, familiares de militares fazem um protesto na porta dos quartel evitando a saída dos policiais. A principal alegação é a defasagem nos salários dos PMs e péssimas condições de trabalho. Coletes à prova de balas, por exemplo, tem tido o uso compartilhado entre os militares.