Um homem de 37 anos acusado de atuar ilegalmente como advogado foi detido em flagrante na cidade de Licínio de Almeida, no sudoeste da Bahia, na última sexta-feira. A Guarda Municipal local afirmou que, no momento da prisão, Felipe Rosa da Silva estava fardado e portava um registro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que pertencia a uma mulher morta.
De acordo com o comando da GM, Felipe é natural do Rio de Janeiro e atendia em um escritório no centro de Licínio de Almeida. Seus clientes eram funcionários da prefeitura que haviam movido uma ação contra a administração municipal, devido a um salário que deixou de ser pago pela gestão anterior. O objetivo dos trabalhadores seria acelerar o processo já iniciado.
Uma das vítimas, que havia pago cerca de R$ 50 pelos serviços, ficou desconfiada após Felipe se negar a entregá-la uma cópia da procuração. Ela consultou um funcionário de um fórum da cidade, que, após contato com a OAB, descobriu que o número registrado na carteirinha do falso advogado pertencia a uma carioca que havia morrido há anos.
Acionada pela vítima, a Guarda Municipal foi ao escritório e encontrou Felipe vestido com uma farda do Exército. Ele chegou a tentar se passar por primeiro tenente. Os agentes solicitaram o registro da OAB e, ao constatarem que a carteirinha era falsa, encaminharam-no à delegacia da Polícia Civil do município.
Após a prisão, 63 funcionários enganados pelo acusado foram ao distrito policial. O delegado titular ouviu depoimentos das vítimas e um inquérito foi aberto. Felipe foi indiciado por estelionato, falsificação de documento público e uso de documento falso.
A Guarda Municipal informou que o falso advogado permanece preso, à disposição da Justiça.
O leitor Anderson Oliveira, de Vitória da Conquista (BA), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.