O corpo de um jovem foi encontrado em Viçosa, na Zona da Mata de Minas Gerais, na tarde da última segunda-feira (9). De acordo com a Polícia Militar do município, Gabriel Oliveira Maciel, 17 anos, havia participado de uma festa organizada por alunos da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e estava desaparecido há três dias.
A corporação informou que o rapaz morava na cidade de Ponte Nova, também em Minas Gerais. A festa, uma recepção de calouros organizada pela República Qkické, aconteceu na última sexta-feira, em um sítio localizado no distrito de São José do Triunfo. A família, que teria proibido Gabriel de ir ao evento, registrou um Boletim de Ocorrência após frustradas tentativas de contato.
Segundo a PM, o corpo foi encontrado por volta das 17h de ontem, dentro do campus da UFV, em uma área rural conhecida como Horta Velha. Duas pessoas sentiram um cheiro forte ao passarem pelo local e procuraram o serviço de vigilância da universidade, que acionou a polícia.
Além da PM, também se dirigiram ao local duas equipes da Polícia Civil e alguns amigos de Gabriel, que tentaram reconhecer a vítima. Os policiais afirmaram que o avançado estágio de putrefação do corpo dificultou o processo, mas os colegas identificaram o rapaz devido a algumas características e a uma pulseira, que seria semelhante à que o jovem possuía.
Em postagem no Facebook, a República Qkické afirmou que, juntamente com a comissão organizadora da “calourada” Entornando o Béquer 2015, “lamenta o ocorrido com o jovem Gabriel” e dedicou “sinceros sentimentos à família e amigos”.
Procurada pelo Terra, a UFV confirmou o caso, mas esclareceu que o corpo foi encontrado “nas proximidades da BR-120, a cerca de cinco quilômetros do campus UFV-Viçosa”. A universidade explicou que o local é uma “área experimental” da unidade de ensino, onde as atividades são realizadas durante o dia. “Por isso, embora o vistorie frequentemente, a vigilância não permanece ali 24 horas”, acrescentou.
A UFV destacou que o jovem não era estudante da universidade e ressaltou que, embora as “calouradas” sejam organizadas por seus alunos, a instituição não se responsabiliza pela realização delas e “qualquer fato ocorrido durante esses eventos é de responsabilidade de seus organizadores”. A universidade disse ainda que repudia qualquer ato de violência e lamenta o ocorrido.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Viçosa. O distrito policial foi procurado pela reportagem, mas não foi possível estabelecer contato.
O leitor André Silva, de Viçosa (MG), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.