Um vigilante de banco, feito refém na noite anterior, foi trabalhar com um suposto explosivo preso a sua cintura e mobilizou um grande aparato policial na manhã desta quinta-feira (23), em Campinas. Ele chegou por volta das 9h30 a agência do Banco Itaú, distrito de Barão Geraldo, e procurou o gerente dizendo que este deveria abrir o cofre e facilitar a entrada de outras pessoas. Caso as orientações não fossem seguidas, a bomba seria acionada e boa parte do quarteirão iria pelos ares.
O homem contou que foi ameaçado por desconhecidos e que a vida dele e de seus familiares corria perigo. O gerente acionou a policia e o vigilante foi colocado deitado na calçada em frente a agência bancária. Ele ficou nessa posição por cerca de 3 horas. As vias de acesso foram liberadas às 14 horas.
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Viaturas do Corpo de Bombeiros, da Policia Militar e Guarda Municipal fecharam as vias de acesso a rua Benedito Alves Aranha e solicitaram que os comerciantes evacuassem a área. Supermercados, restaurantes e escritórios em um raio de 50 metros foram esvaziados. Soldados do Grupo de Ações Tática Especiais (Gate) vindos de São Paulo chegaram por volta do meio dia e analisaram o material preso ao corpo do rapaz.
O material foi levado com cuidado, cercado por sacos de areia e detonado. O Gate constatou que o artefato não se tratava de explosivo. Após esse procedimento, o grupo descobriu que o material era composto de bateria, uma parte de mostrador de um relógio de pulso, fios e circuitos eletrônico e massa plástica. "Vista por um leigo poderia ser confundida com explosivo", comentou um policial.
"Até o momento ele é vitima", explicou o coronel Marci Elber, comandante do 8º Batalhão da Policia Militar. Segundo ele, o homem será ouvido e será averiguado a veracidade dos fatos apresentados por ele. O gerente do banco bem como funcionários também serão ouvidos.
"Todo o procedimento é uma técnica de segurança e tudo já está sendo averiguado", falou o coronel. O caso ainda seria registrado no Distrito Policial de Barão Geraldo e a policia não repassou mais informações para não atrapalhar a investigação.
O vigilante passou boa parte da manhã deitado no chão sob o sol forte da manhã. Os carros estacionados ao redor da agência foram deslocados assim que curiosos e a imprensa foram colocados bem longe do banco. Pessoas que estavam nos caixas eletrônicos e esperando a abertura da agência só perceberam o que estava acontecendo assim que a rua foi tomada pela policia.
"De repente um monte de carro de policia vindo de todas as direções e eu precisando pagar uma conta ainda hoje", reclamou uma dona de casa que preferiu não deixar o nome. "A gente tem medo de tiroteio, vive assustada com a violência, as coisas estão complicadas para quem é honesto e esses bandidos na rua", falou.
Esta matéria também foi sugerida pelo leitor Wagner Guidi, de Limeira (SP), por meio do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.