Um policial militar de Minas Gerais foi assassinado durante um assalto a banco no estado. O cabo Osias Alves de Barros era lotado na cidade de Pompéu e morreu na madrugada desta terça-feira (5), depois que um grupo tentou colocar grades no quartel para evitar a saída dos PM’s do local. Um homem que passava pelo local foi atingido pelos criminosos. A pouco mais de 200 quilômetros, na cidade de Oliveira, parte de uma quadrilha cercou e atirou contra a casa de um policial em outro roubo a banco.
Um forte esquema foi montado pela polícia militar mineira na tentativa de prender duas quadrilhas que roubaram agências bancárias em dois municípios. Segundo o comando da corporação, um grupo especial foi criado para ações específicas de roubo a banco.
A semelhança entre os crimes é um dos principais fatores que tem chamado a atenção das autoridades. Com um forte armamento, as quadrilhas fazem o levantamento de informações como a localização dos batalhões e as principais rotas de acesso a cidade escolhida.
O grupo se divide em carros roubados e espalham pregos pelas rodovias usadas. Enquanto uma parte da quadrilha explode as agências bancárias, os policiais são cercados por dezenas de bandidos.
No roubo ao banco de Pompéu, por exemplo, os pregos foram espalhados a cerca de 20 quilômetros do centro da cidade. Isso dificultou a chegada do reforço policial que teve os pneus furados no atendimento. Como muitas correntes foram espalhadas, os militares demoraram a chegar e não evitaram a fuga. Além do PM, Alisson dos Reis Pinheiro, de 22 anos, passava pelo local e foi atingido pelos criminosos. Outro policial, o cabo Lucas Reis Rosa ficou ferido e foi transferido para um hospital em Sete Lagoas, depois para Belo Horizonte.
Já na cidade de Oliveira, o cerco ao policial responsável pela segurança da cidade foi em sua residência. O socorro chegou depois que o PM mandou uma mensagem a um grupo pelo WhatsApp. Ele foi atingido e também foi levado para Belo Horizonte.
Em julho, o cabo Marcos Marques da Silva morreu em Santa Margarida. Ele tentava impedir a fuga de parte do bando quando foi surpreendido e atingido na cabeça. No dia de seu sepultamento, militares fizeram um buzinaço em vários pontos do Estado em homenagem ao colega.
Veja o comunicado da Polícia Militar à corporação:
Prezados policias militares,
Com imenso pesar, comunicamos o falecimento do Cabo PM Osias Alves de Barros, ocorrido esta madrugada, no município de Pompéu (7ª RPM), em decorrência da ação de marginais que adentraram a cidade para explodir caixa eletrônico.
Da ação, ocorrida por volta das 2h30, também resultou um policial militar gravemente ferido, o Cabo PM Lucas Reis Rosa, pertencente àquela Fração PM, que foi baleado e se encontra internado no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
Ainda esta madrugada, por volta das 2h15, em ação semelhante, marginais explodiram um caixa eletrônico em Morro dos Ferros, distrito de Oliveira (área do 8º BPM), alvejando, no peito, o Cabo PM Leonel Richs de Aquino. O militar foi socorrido ao hospital da cidade de Oliveira, onde permanece internado e não corre risco.
A Polícia Militar está realizando operações nas regiões onde ocorreram esses fatos e nos limites estaduais. Aeronaves e tropas do CPE (Batalhão ROTAM e BOPE) foram deslocadas para o interior do estado, com o objetivo de dar resposta forte e à altura contra esses marginais. Consternados, externamos à família do Cabo Osias nossos profundos sentimentos. A Instituição prestará todo o apoio necessário para minimizar a dor neste momento de dificuldade. Também estamos oferecendo todo o suporte ao Cabo Lucas e ao Cabo Leonel Richs, para que se restabeleçam o mais rapidamente possível e possam retornar ao convívio familiar.
Estamos enlutados, pesarosos com os acontecimentos das últimas 24h, mas esse sentimento de tristeza deve servir para alimentar nossas forças e partirmos com “sangue no olho” contra esses criminosos. Que Deus conforte os familiares do Cabo Osias. Nós, policiais militares mineiros, faremos o que for preciso para que a justiça seja feita e os responsáveis respondam pela covardia dos crimes perpetrados contra nossos irmãos de farda.