A nova pesquisa do Instituto Quaest que mede a aprovação de seis governos estaduais apontou que, entre sete áreas de atuação da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, segurança pública é a que teve o pior desempenho, com 37% de desaprovação.
Em comparação com o último levantamento, de abril deste ano, a avaliação negativa desta área cresceu seis pontos porcentuais — maior taxa entre todos os setores da gestão pública citados pela pesquisa.
Tarcísio tem passado por uma crise nas últimas semanas envolvendo alta de casos de violência policial no Estado. O próprio governador admitiu que errou sobre a eficácia das câmeras corporais no uniforme da corporação, e também reconheceu que sua retórica na área de segurança pública, ao enfatizar o uso da força policial, pode ter influenciado o aumento da violência policial no Estado.
A Quaest também mostrou um crescimento de 21 pontos porcentuais entre aqueles que afirmam que têm ouvido mais notícias negativas do que positivas sobre a administração de Tarcísio: eram 24% em abril e agora são 45%.
Outros 27% responderam que as notícias positivas preponderam sobre as negativas (eram 37%) e 25% disseram que não tem visto notícias (ante 34% na rodada anterior).
As áreas de atuação da gestão estadual avaliadas foram: infraestrutura e mobilidade, geração de emprego e renda, educação, transporte público, habitação, saúde e segurança pública. Os paulistas consideram "infraestrutura e mobilidade" a área de melhor atuação do governo Tarcísio, com 45% qualificando como positiva.
Entre os seis governos avaliados (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco, além de São Paulo), o governo paulista apareceu na pior colocação entre os eleitores "otimistas", que creem que o Estado está melhorando. Foram 35% dos entrevistados afirmando terem essa percepção. Na mesma pergunta, São Paulo também é campeão entre os que acreditam que tudo "está igual", com 43%.
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 12, entrevistou 8.598 eleitores brasileiros com mais de 16 anos entre os dias 4 e 9 de dezembro. Em São Paulo, foram 1.650 entrevistados. O nível de confiança é de 95% e, para as respostas de São Paulo, a margem de erro é de dois pontos porcentuais — nos outros Estados é de três pontos.
Em comparação com o levantamento de abril deste ano, a avaliação do governo de São Paulo passou de 41% positiva, para os atuais 37%. Também houve diminuição na avaliação negativa, que foi de 16% para 13%. Foram 12% os que não souberam ou não quiseram responder (quatro pontos porcentuais a mais que no último levantamento), e 37% consideram regular (eram 35%).
Neste quesito, o governo paulista ficou atrás de Goiás, de Ronaldo Caiado (União), que teve 74% de aprovação, do Paraná, de Ratinho Junior (PSD), com 59%, e de Minas Gerais, de Romeu Zema (Novo), com 39%.
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