52% não apoiam Lula como candidato nas eleições de 2026, diz Quaest

Pesquisa também mostra o presidente e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, batendo todos os concorrentes de direita caso o segundo das eleições presidenciais fosse hoje

12 dez 2024 - 15h09

Para a maioria dos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve se candidatar a mais um mandato como presidente da República nas próximas eleições gerais, em 2026. É o que mostra a pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira, 12, que aponta que 52% consideram que Lula não deveria concorrer, contra 45% que avaliam positivamente a participação do petista no pleito. Outros 3% não souberam responder.

A porcentagem dos que acham que o presidente não deveria tentar um novo mandato, entretanto, diminuiu em relação ao levantamento passado, quando 58% dos entrevistados tinham essa opinião, em outubro deste ano. Em julho, eram 53%.

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Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato, durante votação na Escola Estadual Dr. João Firmino Correia de Araujo, em São Bernardo do Campo, em 2022.
Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato, durante votação na Escola Estadual Dr. João Firmino Correia de Araujo, em São Bernardo do Campo, em 2022.
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Apesar disso, o petista venceria em todos os cenários testados com o nome dele contra adversários de direita, se as eleições fossem hoje.

Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), venceriam em cenários hipotéticos de segundo turno contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

Em um pleito de 2026 sem o presidente, Haddad é quem mais angaria apoio popular para ser o candidato do governo, afirma a pesquisa. Do lado oposto do espectro político, no caso de Bolsonaro não concorrer (está inelegível até 2030), sua esposa, Michelle Bolsonaro, é a sucessora "mais forte contra Lula", com 21% de aclamação.

Entre todos os candidatos, Lula é quem mais acumula eleitores que o conhecem e votariam nele, com 52%, seguido de Bolsonaro, com 37%, e de Haddad, com 31%.

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Quanto à rejeição, ou seja, eleitores que o conhecem e não votariam nele para a Presidência, o presidente tem 45%, ficando atrás de outros nomes como Haddad (52%), Ciro Gomes (PSD), com 52%, e Michelle, com 51%. O campeão em rejeição é Bolsonaro, com 57% dos entrevistados afirmando que o conhecem, e não votariam no ex-presidente.

A Quaest ouviu 8.598 brasileiros entre os dias 4 e 9 de dezembro, tem 95% de nível de confiança e margem de erro de um ponto porcentual.

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