A pedido de Feliciano, CDH aprova que futuras reuniões sejam fechadas

Deputado Marcos Rogério (PDT-RO) sugeriu que um representante dos manifestantes seja convidado a participar de futuras audiências

3 abr 2013 - 15h43
(atualizado às 16h27)

O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), comunicou à Mesa Diretora da Câmara que a reunião do colegiado desta quarta seria restrita a deputados, assessores e jornalistas. Posteriormente, Feliciano colocou em votação na comissão a proposta de manter as próximas reuniões restritas à presença de jornalistas, deputados e assessores. A proposta foi aprovada pelos demais membros da CDH, embora não houvesse nenhum parlamentar opositor de Feliciano presente na reunião.

Presença constante nos encontros da CDH, os manifestantes ficaram de fora do plenário nove, onde foi feita a sessão. No entanto, um telão foi instalado na sala em frente para que os interessados pudessem acompanhar. O deputado Marcos Rogério (PDT-RO) sugeriu que um representante dos manifestantes seja convidado a participar das audiências. "Estamos procurando os líderes dos movimentos para fazer a proposta", disse Feliciano.

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Do lado de fora, os manifestantes por direitos humanos gritavam palavras de ordem e seguravam cartazes, exigindo a saída do pastor da presidência. Na reunião da semana passada, um manifestante foi detido pela polícia da Câmara após chamar Feliciano de racista. Ele prestou depoimento e foi liberado ainda na quarta-feira.

Marcada para as 14h, a reunião da CDH só começou às 14h45. Feliciano aguardou a formação de quórum para votar os oito requerimentos e para eleger os demais membros da presidência da CDH. Por segurança, o deputado foi escoltado por policiais legislativos até o plenário da reunião e entrou por um corredor reservado, onde não era permitida a presença de manifestantes.

O primeiro requerimento aprovado na CDH foi uma moção de repúdio à declaração do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, considerada homofóbica e direcionada ao adversário Henrique Capriles.  O tema da homofobia é sensível no currículo de Feliciano. A polêmica em torno do seu nome para presidir a CDH começou após o deputado postar comentários de teor homofóbico e racista em sua conta no Twitter. Em sua defesa, Feliciano alegou que as declarações foram retiradas do contexto.

Entre os requerimentos, está a proposta de formação de uma diligência com os membros da comissão - Feliciano, entre eles - para conhecer as condições em que se encontram os corintianos presos em Oruro, na Bolívia. Os 12 integrantes da organizada do Corinthians foram presos após a morte do jovem boliviano Kevin Espada, atingido por um sinalizador acionado pela torcida corintiana durante um jogo pela Copa Libertadores.

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Se aprovado o requerimento, os parlamentares embarcam já na próxima semana para Oruro. A viagem pode impedir que Feliciano compareça à reunião de líderes, marcada para a próxima terça-feira.

Fonte: Terra
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