Um dia depois de a Polícia Federal (PF) revirar casas de senadores em uma ação ligada à Operação Lava Jato, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nesta quarta-feira (15) que teme a visita de agentes. “A porta da minha casa está aberta, pode ir a hora que quiser. Eu acordo às 6h. De preferência que vão antes das 6h, para não me acordar”, afirmou o peemedebista, que também está no rol de investigados.
Ontem, policiais federais foram a endereços do senador Fernando Collor (PTB-AL) e de outros políticos em uma operação denominada Politeia. A entrada de agentes no apartamento funcional do ex-presidente levou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a editar uma nota de repúdio, chamando o procedimento de busca e apreensão de “invasão”.
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Cunha foi citado por um dos delatores da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, por supostamente editar requerimentos para pressionar as empresas Mitsui e Samsung em retaliação à interrupção no repasse de propinas provenientes de contratos com a Petrobras. O peemedebista nega a acusação e diz que há uma “querela pessoal” do procurador-geral Rodrigo Janot contra ele. “Eu não sei o que eles querem buscar lá. Se quiserem, está às ordens. Só não me acorda”, disse Cunha.