Abraham Weintraub é exonerado do Ministério da Educação

Ato foi publicado no Diário Oficial da União neste sábado, 20, em edição extra, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro

20 jun 2020 - 12h20
(atualizado às 12h27)

BRASÍLIA - No mesmo dia em que se apresentou como ministro ao desembarcar nos EUA, Abraham Weintraub foi exonerado do cargo de chefe do Ministério da Educação. O ato foi publicado no Diário Oficial da União neste sábado, 20, em edição extra, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro. O decreto diz apenas que o ministro foi exonerado "a pedido" nesta data.

Abraham Weintraub na Câmara dos Deputados
15/05/2020 REUTERS/Adriano Machado
Abraham Weintraub na Câmara dos Deputados 15/05/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Após o irmão de Weintraub dizer no Twitter que ele já estava em Miami, o Ministério da Educação confirmou a viagem do ex-ministro para os Estados Unidos. Segundo a pasta, a viagem foi feita por meio de avião comercial e em classe econômica. Informou apenas que, apesar das restrições impostas pelos EUA aos brasileiros por causa da pandemia da covid-19, Weintraub não foi impedido de entrar e que "comprou a passagem com dinheiro dele".

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A saída de Abraham do Ministério da Educação já havia sido anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em vídeo publicado nas redes sociais na tarde desta quinta-feira, 18. Ele foi o décimo ministro a cair deste o início do governo. Ele ficou 14 meses no cargo e acumulou desavenças com reitores, estudantes, parlamentares e até com ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele foi filmado em reunião interministerial chamando os ministros de "vagabundos" e dizendo que "colocaria todos na cadeia".

Weintraub é investigado pela suposta prática de crime de racismo. Ele publicou em seu Twitter um texto no qual fez uma publicação irônica em relação à China. Substituindo a letra 'r' pela 'l', em alusão ao personagem Cebolinha da Turma da Mônica. O inquérito foi aberto por determinaçãõ do ministro Celso de Mello. Em documento entregue à Polícia Federal, o ministro da Educação negou racismo. Segundo ele, "não se pode imputar um crime nessas circunstâncias, sob pena de se revogar um princípio e direito maior constitucional, que é a liberdade de expressão".

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