Manifestantes acampados em frente à casa de Sérgio Cabral disseram nesta segunda-feira que não sairão até que o governador os receba para escutar suas reivindicações.
Cerca de 20 pessoas, segundo disseram representantes à Agência Efe, permanecem acampadas desde a última sexta-feira em frente à rua Arístides Espínola no Leblon, bairro da Zona Sul com o metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro.
Sob o nome de "Ocupa Delfim Moreira", avenida que contorna a praia do Leblon, os manifestantes acampam de forma pacífica esperando que o governador escute suas reivindicações.
Junto às três barracas que podiam ser vistas nesta manhã, havia vários cartazes com algumas das exigências feitas durante os protestos dos últimos dias, como a criação de uma comissão parlamentar para investigar as empresas de transporte público, além de críticas à PEC37, proposta de emenda constitucional que tiraria o poder de investigação do Ministério Público.
Outros cartazes pedem aos motoristas que toquem a buzina para demonstrar apoio à causa.
Hoje, os manifestantes conversavam amistosamente entre eles e com simpatizantes e curiosos que se aproximavam da rua, cercada pela polícia.
Segundo alguns representantes explicaram à Efe, a relação com a polícia é cordial, com comunicação constante, e eles não acreditam que possam ser expulsos dali.
Os acampados explicaram que o assentamento se transformou em fórum de debate, onde todos os que se aproximam têm oportunidade de falar e propor suas ideias.
À espera de Cabral, a vida dos acampados transcorre de forma pacífica em frente ao mar do Leblon.