Acervo de presentes a Bolsonaro tem relógios, facas, munição e até máscaras contra covid, diz jornal

Reportagem da Folha revela que, em quatro anos de governo, lista do ex-presidente somou 19.470 itens

10 mar 2023 - 09h36
(atualizado às 10h04)
Estojo com joias enviado ao Brasil pelos sauditas
Estojo com joias enviado ao Brasil pelos sauditas
Foto: Reprodução

A lista de presentes que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu durante os quatro anos de mandato traz uma diversidade que vai desde agrados mais comuns, como relógios, mais inusitados (facas e munição) e surpreendentes, como máscaras faciais, um presente curioso já que o ex-presidente não fazia questão de usar a proteção durante a pandemia de covid-19. A lista foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo, em reportagem nesta sexta-feira, 10.

A publicação menciona uma aquisição recente: um estojo com relógio, caneta, abotoaduras e anel da marca de luxo Chopard, trazidas ao Brasil após viagem do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque à Arábia Saudita em 2021. Na ocasião, a comitiva tentou trazer outro estojo de joias da mesma marca para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas o presente ficou retido pela Receita Federal.

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Ao todo, são 19.470 registros de presentes no acervo pessoal de Bolsonaro enquanto presidente da República. Há outros agrados que também foram presentes da Arábia Saudita. Não é possível saber o preço de cada item, pois essa informação não está disponibilizada no rol. O que se sabe, é que as joias apreendidas na Receita são avaliadas em R$ 16,5 milhões. Devido o alto valor, o caso será investigado pelo Senado Federal diante de suspeitas de propina.

Confira alguns dos itens do acervo:

- 618 bonés

- 448 camisas de futebol

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- 245 máscaras de proteção

- 242 camisas pólo

- 165 terços, sendo 4 terços de dedo

- 112 gravatas

- 74 facas e 1 estojo para faca

- 54 colares, sendo 2 indígenas

- 44 relógios, incluindo 8 de parede e 3 de de mesa

- 42 casacos

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- 17 pares de sapato

Segundo a Folha, parte desse acervo estava nos palácios da Alvorada e do Planalto, mas foi retirada com a chegada do novo governo após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Alguns itens, como os considerados museológicos, estão em um galpão em Brasília, e outros tiveram destinos diversos: a parte textual e audiovisual (arquivístico) foi para o Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, onde será analisada. Já livros e outras publicações (bibliográfica) foram entregues para a Fundação Biblioteca Nacional.

Fonte: Redação Terra
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