Preso há cinco anos pela facada em Jair Bolsonaro (PL), Adélio Bispo de Oliveira, 45, não aceita remédios para manter os problemas de saúde mental controlados. O homem está preso em uma cela de 6 m² de onde só pode sair para um banho de sol diário de duas horas.
Segundo a Folha de S. Paulo, Adélio vive um impasse sobre seu destino, com uma batalha judicial sobre mantê-lo na Penitenciária Federal de Campo Grande ou transferi-lo para um hospital psiquiátrico para fazer um tratamento médico adequado.
Conforme os relatos, Adélio não reconhece ter doença mental e afirma que os remédios oferecidos a ele são desnecessários e causam efeitos colaterais. Profissionais que o atendem afirmam que Adélio tem delírios recorrentes, com manias de perseguição e falas desconexas sobre política, religião e maçonaria.
Embora não demonstre arrependimento pela tentativa de assassinato, ele diz sonhar com em voltar a ter liberdade e retornar para Minas, onde mora a família. Adélio poderá um dia deixar a unidade de segurança máxima, mas, para isso, precisará deixar de representar um perigo à sociedade.
O juiz Bruno Savino, da Justiça Federal em Juiz de Fora, impôs ao réu uma sentença de absolvição imprópria, que o reconheceu como autor, mas o isentou de pena por ser inimputável, e mandou que ele cumprisse medida de segurança, uma espécie de internação, na penitenciária em Mato Grosso do Sul.