O escritor e ex-BBB Adrilles Jorge avalia tentar a sorte na política após ter sido demitido da Jovem Pan depois de fazer um gesto associado à saudação nazista "sieg heil". Para a nova empreitada, o ex-comentarista conversou com o presidente do diretório do PTB de São Paulo, Otávio Fakhoury, sobre disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo partido no Estado.
"A conversa ainda é informal. Um início de conversação", disse Fakhoury ao Estadão. Questionado sobre o interesse do partido em filiar Adrilles, o presidente do diretório paulista afirmou que o ex-comentarista "se encaixa no perfil para candidatos" por possuir as qualidades que PTB deseja: "Linha conservadora e liberal. Isso é importante para o partido. O partido deseja candidatos nessa linha". A informação sobre esse primeiro contato foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim e confirmada pelo Estadão.
Antes de se envolver no caso Monark, Adrilles já acumulava polêmicas. Durante sua participação na 15ª edição do programa 'Big Brother Brasil', o ex-comentarista foi acusado de racismo contra outro participante e de assédio moral a uma mulher por quem dizia estar apaixonado. Posteriormente, já na Jovem Pan, também fez comentário homofóbico envolvendo o ator Tiago Abravanel.
Após a demissão da emissora, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiram a defesa do ex-comentarista. Uma delas foi a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que compartilhou vídeos de Adrilles se defendendo das acusações. A parlamentar também utilizou a hashtag #AdrillesdeVolta, dando a entender que gostaria que o jornalista fosse readmitido na Jovem Pan. No dia anterior, ela havia manifestado repúdio à ideologia nazista.