O senador Aécio Neves (PSDB-MG) contratou o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro depois de o congressista ter sido citado pelo doleiro Alberto Youssef em depoimento de delação premiada na Operação Lava Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não encontrou indícios suficientes para pedir a abertura de investigação contra o tucano e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do procedimento.
Kakay, como é conhecido o advogado, chegou a atuar na defesa de Alberto Youssef no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas deixou a defesa quando o doleiro decidiu participar de um acordo de delação premiada – quando o acusado colabora com as investigações em troca de redução de pena. Apontado como um dos maiores criminalistas do Brasil, o advogado também atuou no julgamento do mensalão, quando conseguiu a absolvição do publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
O advogado disse ter sido informado que as citações envolvendo Aécio não eram diretas e que os policiais federais insistiram com perguntas envolvendo o tucano. “O Youssef disse que nunca tratou com ele”, afirmou Kakay.
Segundo o advogado, a defesa apenas espera que o pedido de arquivamento seja confirmado pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator do caso.