O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta quarta-feira que a renúncia do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu no processo do mensalão mineiro, foi uma decisão pessoal e sem pressão do partido. Segundo Aécio, o parlamentar é reconhecido em Minas Gerais como “um homem de bem”.
“É uma decisão de foro íntimo que tem de ser respeitada. Ele vai se dedicar agora a sua defesa. Eduardo é conhecido e reconhecido em Minas Gerais como um homem de bem”, disse o senador, pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB. Questionado se o parlamentar sofreu pressão para renunciar, Aécio respondeu: “que eu saiba não, nenhuma”. O senador também negou uma eventual interferência no cenário eleitoral com a permanência de Azeredo no cargo. “Não vejo nenhuma interferência”, resumiu.
Azeredo decidiu encaminhar uma carta nesta quarta-feira à Câmara dos Deputados na qual anunciará sua renúncia ao mandato. A decisão ocorre depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir ao STF a condenação do deputado tucano a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. O procurador pediu também que seja imposta uma multa de R$ 451 mil ao parlamentar.