Aécio promete colocar inflação no centro da meta em 4 anos

Candidato tucano defendeu ainda a redução do intervalo de tolerância da meta de inflação, atualmente em dois pontos para cima e para baixo

11 ago 2014 - 23h35
(atualizado em 12/8/2014 às 01h57)
<p>Aécio Neves disse ainda que seu "grupo político" é mais capaz que o governo da presidente Dilma Rousseff de gerar confiança junto ao mercado financeiro e criar um clima de estabilidade na economia</p>
Aécio Neves disse ainda que seu "grupo político" é mais capaz que o governo da presidente Dilma Rousseff de gerar confiança junto ao mercado financeiro e criar um clima de estabilidade na economia
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, prometeu nesta segunda-feira colocar a inflação oficial no centro da meta ao término de quatro anos de governo, se eleito, e defendeu, para um futuro não especificado por ele, uma redução da meta atual, que é de 4,5%.

Em entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews, o tucano defendeu ainda a redução do intervalo de tolerância da meta de inflação, atualmente em dois pontos para cima e para baixo. "Nós não vamos, e eu tenho sido sempre muito franco, conseguir alcançar o centro da meta em um ano de governo", admitiu.

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"Mas vamos chegar ao final do nosso mandato com a inflação no centro da meta, a partir daí vamos diminuir as bandas de tolerância, que me parecem excessivamente largas, para encaminharmos para a redução do centro da meta para o futuro", comentou o candidato, sem dar mais detalhes.

A inflação em 12 meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial do governo, tem rodeado o teto da meta, ocasionalmente ultrapassando-o. Em julho, a inflação pelo IPCA em 12 meses ficou em 6,5%, exatamente no teto da meta.

Pesquisa feita pelo Banco Central junto a economistas de instituições financeiras divulgada nesta segunda-feira mostrou expectativa de que a inflação medida pelo IPCA feche este ano em 6,26%, também próxima do teto da meta.

Aécio disse ainda que seu "grupo político" é mais capaz que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, de gerar confiança junto ao mercado financeiro e criar um clima de estabilidade na economia.

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Ele voltou a criticar a política do governo Dilma de desonerações setoriais que, na avaliação dele, não ajudou nem o Brasil nem os setores beneficiados. O tucano, no entanto, reconheceu que não será possível "desmontar" essas desonerações do "dia para a noite", mas também não detalhou como essa política poderia ser descontinuada.

(Reportagem de Eduardo Simões)

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