Uma empresa contratada pela Petrobras, a FCB Brasil, do ramo de publicidade, ordenou o repasse de R$ 311 mil para uma empresa fantasma controlada pelo ex-deputado federal André Vargas (ex-PT-PR, atualmente sem partido), preso pela Polícia Federal na 11ª fase da Operação Lava Jato, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.
O pagamento foi feito em 26 de fevereiro do ano passado. Três semanas antes a FCB Brasil tinha conquistado uma conta de R$ 110 milhões na petroleira. A empresa pediu que a produtora 02 Filmes Publicitários fizesse o repasse.
O juiz Sergio Moro, que está à frente das investigações da Lava Jato, considera que o repasse é propina porque a empresa de Vargas que recebeu o montante, a LSI Solução em Serviços Empresariais, não tem atividade nem funcionário, de acordo com a Receita Federal.
Segundo o jornal, a conta da Petrobras foi adquirida com a ajuda do publicitário Ricardo Hoffmann. O publicitário disse à PF que pagava Vargas para ele conseguir clientes privados para a agência, mas que não houve nenhuma indicação.
A FCB Brasil disse que pediu à O2 Filmes para fazer o depósito à empresa controlada pelo ex-deputado. Segundo a agência, o pagamento para a empresa LSI foi solicitado por Ricardo Hoffmann como “remuneração devida a ele por um único projeto de consultoria”.
A O2 disse que nunca teve relação com a empresa de André Vargas e que fez o pagamento a pedido da FCB.