Foi preso na manhã desta terça-feira, 19, o policial federal Wladimir Matos Soares. Ele é acusado de participar de um plano para assassinar o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e outras autoridades.
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Os indícios de participação de Wladimir no plano para matar Lula foram encontrados no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele e outros integrantes das Forças Especiais, apelidados de 'Kids Pretos', pretendiam executar o atual presidente da República, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, ministro do Superior Tribunal Federal. Este último, inclusive, vinha sendo monitorado pelo grupo.
Segundo consta, Wladimir Soares passava informações sobre o cotidiano de Lula para pessoas próximas e a Bolsonaro. A Operação Contragolpe, que o prendeu, aponta que os dados fornecidos por ele "poderiam de alguma forma subsidiar as ações que seriam desencadeadas, caso o Decreto de golpe de Estado [motivo pelo qual Cid foi preso] fosse assinado".
Como agente da Polícia Federal em Brasília, Wladirmir Soares tinha acesso fácil a Lula e Alckmin, incluindo detalhes sobre o esquema de segurança que garante a integridade física das autoridades.
"O investigado [Soares], aproveitando-se das atribuições inerentes o seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito, repassou informações relacionadas à estrutura de segurança do presidente Lula para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro, aderindo de forma direta ao intento golpista", diz um trecho do texto enviado à imprensa.
Além de Wladimir Soares, dois militares que atuavam na segurança do G20, no Rio de Janeiro, foram presos: os tenentes-coronéis Rodrigo de Azevedo e Hélio Lima estavam escalados para o evento, que reúne autoridades do mundo inteiro. Eles foram detidos no Comando Militar do Leste.