Ala do PSOL defende não integrar governo Lula; Boulos diverge

Parlamentares da sigla falam em 'independência' para combater o Centrão; deputado federal eleito quer que partido faça parte da gestão petista

5 dez 2022 - 16h00
(atualizado às 16h01)

Uma ala do PSOL, partido que fez parte da coligação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defende que a sigla adote uma postura independente em relação ao novo governo e não ocupe cargos na gestão federal. A direção nacional vai se reunir no próximo dia 17 para definir os rumos da legenda a partir de 2023.

--- IMAGEM CEDIDA PELO SENADO FEDERAL ---- BRASILIA DF 12/02/2020 Comissão Mista da Medida Provisória (CMMPV) nº 902, de 2019, que acaba com monopólio da Casa da Moeda, realiza audiência pública interativa para tratar sobre a medida. Em pronunciamento, à bancada, deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), exibe vídeo no celular. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
--- IMAGEM CEDIDA PELO SENADO FEDERAL ---- BRASILIA DF 12/02/2020 Comissão Mista da Medida Provisória (CMMPV) nº 902, de 2019, que acaba com monopólio da Casa da Moeda, realiza audiência pública interativa para tratar sobre a medida. Em pronunciamento, à bancada, deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), exibe vídeo no celular. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado - 12/02/20 / Estadão

De acordo com o deputado federal reeleito Glauber Braga (PSOL-RJ), pelo indicativo de correntes políticas da sigla que se posicionaram publicamente, já é possível aferir que o partido terá maioria da direção nacional para firmar independência em relação à gestão petista.

No entanto, ainda que existam resistências internas na sigla, a ala pró-Lula tem maioria para formalizar o alinhamento e negocia espaços no primeiro escalão. Como mostrou o Estadão, Lula não terá oposição à esquerda pela 1ª vez no Congresso.

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  • Braga nega que a não ocupação de cargos no Executivo possa enfraquecer a legenda. "Para se fortalecer, o partido tem que manter suas bandeiras levantadas, tem que manter a relação permanente com movimentos sociais. Quem está preocupado em ter cargos é o Centrão", afirmou.

    Aliados já durante a campanha

    Desde o primeiro turno da eleição presidencial, Boulos fez campanha a favor de Lula, após o PSOL não lançar um candidato ao Palácio do Planalto. Com o petista eleito, o deputado federal eleito foi anunciado como integrante do grupo de Cidades do governo de transição. Questionado sobre a possibilidade de saída de filiados do partido caso a legenda opte pela independência em relação ao governo, Medeiros negou, citando Boulos. "Não existe essa hipótese de saída de pessoas do partido", disse.

    O PSOL formalizou federação com o partido Rede e as siglas devem caminhar juntas nos próximos quatro anos. Apesar da junção, o PSOL tem liberdade para aderir, mesmo que isolado, à posição de independência. A federação elegeu 14 deputados para a próxima legislatura, sendo 12 filiados ao PSOL.

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