A ala política do governo Lula não ficou satisfeita com o prazo de dois meses concedido para a desoneração da gasolina e do etanol e insiste por mais tempo. O desejo é esticar a redução tributária por pelo menos seis meses, podendo chegar a um ano.
A avaliação é que o novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, precisará de tempo para mudar a política da Petrobras, permitindo uma redução nos preços, e não quer criar soluços até lá. A equipe econômica, porém, é contra a desoneração - Fernando Haddad chegou a anunciar que a medida não seria prorrogada para 2023. Com a insistência de aliados, Lula editou uma medida provisória dando continuidade ao benefício fiscal.
Aliados políticos de Lula argumentam que só a assunção de Jean Paul na Petrobras levará cerca de um mês, até cumprir todos os trâmites burocráticos na estatal. Lula optou por desonerar por mais tempo (até o fim do ano) apenas o diesel e o gás de botijão por considerar que são itens populares.
Integrantes do PT reclamam do "bate cabeça" em torno dos combustíveis. Muitos queriam explicações sobre os motivos que levaram à definição do marco temporal da medida por apenas dois meses.