O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que o partido recorreu da desaprovação das contas de campanha por parte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), semana passada. De acordo com o governador, a omissão de informações sobre doações recebidas foi uma “mera formalidade” que, segundo ele, já foi corrigida.
Conforme o julgamento do tribunal, Alckmin não informou nas duas prestações de contas parciais doações recebidas, embora tenham sido incluídas em momento posterior. Para a maioria dos juízes, a omissão constitui infração grave.
De acordo com o tucano, “não tem nenhuma omissão”. “Tudo o que foi arrecadado, e tudo o que foi gasto, foi declarado. Na eleição passada, tínhamos três prestações de contas: uma em agosto, uma no final de setembro e depois eleição; todas foram feitas. Nas eleições anteriores, no último dia, dia 30, é que você apresentava”, afirmou. “É uma questão estritamente de formalidade, não tem nenhum problema, já entramos com recurso e não vejo nenhum problema de mérito”, definiu.
Ao todo, a chapa de Alckmin e do vice, Márcio França (PSB), arrecadou e gastou cerca de R$ 40 milhões. No julgamento das contas, o TRE apontou que não haviam sido informadas em duas prestações de contas parciais doações de R$ 8,9 milhões. Na ocasião, a defesa da candidatura tucana alegara que os valores haviam sido recebidos na véspera da entrega das parciais.