O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira (21) não saber o que significa a sigla “GA” encontrada em mensagens no celular do presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, preso na Operação Lava Jato.
“Primeiro, eu não sei esse GA o que que é. Segundo, não tenho a menor ideia do que seja essa citação. Nós tivemos uma reunião, da qual participou Marcelo Odebrecht, aqui no Palácio dos Bandeirantes, agendada a pedido dele, na qual o tema foi – isso no ano passado – a questão da água, do reúso”, disse Alckmin na sede do governo. “(Houve) outros temas: metrô, obras, de participações (da empresa) em São Paulo”, acrescentou.
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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, pediu hoje aos advogados do presidente da Odebrecht que prestem esclarecimentos sobre o conteúdo de mensagens interceptadas pela Polícia Federal (PF) no aparelho celular do executivo. No despacho, Moro pediu aos advogados para explicarem o conteúdo das mensagens, antes de ele extrair possíveis “consequências jurídicas” da interpretação dos escritos. Segundo os delegados, Marcelo tentou atrapalhar as investigações.
A PF interceptou as seguintes anotações no celular do presidente: “MF/RA: não movimentar nada e reembolsaremos tudo e asseguraremos a família. Vamos segurar até o fim. Higienizar apetrechos MF e RA. Vazar doação campanha. Nova nota minha mídia? GA, FP, AM, MT, Lula? E Cunha?”
Alckmin disse que a Odebrecht é sócia da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em uma empresa de reúso de água, a Aquapolo. “Nós temos uma empresa feita antes do meu governo, chamada Aquapolo, que metade é Odebrecht, metade é Sabesp. Exclusiva para reúso de água. Nós estamos tentando colocar mais indústria no reúso, para sair de água da Sabesp”.