O governador do Estado de São Paulo e provável candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), disse nesta segunda-feira que privatizaria a estatal Petrobras se ganhasse as eleições em outubro.
Alckmin disse em entrevista à rede de televisão Band que é a favor de uma gestão privada na Petrobras, maior empresa do Brasil, desde a venda da companhia seja conduzida de acordo com um rigoroso processo regulatório.
Uma vez um tabu na política brasileira por conta de preocupações com a soberania nacional, a privatização da Petrobras deve se tornar uma questão importante na campanha deste ano, conforme o Brasil luta para controlar um insustentável déficit orçamentário.
A esquerda brasileira rejeita fortemente a venda da Petrobras, mas o líder da esquerda nas pesquisas de opinião até o momento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ser impedido de concorrer devido a uma condenação por corrupção e não há um candidato óbvio para substituí-lo.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse ainda neste mês avaliar que a sociedade brasileira não deseja a privatização da Petrobras.
"Sob o ponto de vista da Petrobras, qualquer discussão sobre eventual possibilidade de privatização, neste momento, teria um efeito perturbador", afirmou Parente a jornalistas em 7 de fevereiro.