O secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Aldo Rebelo, deixou nesta sexta-feira, 5, o PDT e se filiou ao MDB, partido do prefeito Ricardo Nunes, que tentará a reeleição na disputa deste ano. Apesar de ele até então ser cotado e apto para ser vice do atual chefe do Poder Executivo, uma importante liderança da legenda disse que uma chapa puro sangue não ocorrerá.
"Tirou um pouco o foco (de o Rebelo ser vice). É muito difícil fazer chapa pura e nem queremos isso", afirmou a liderança emedebista ao Estadão.
A saída de Rebelo do PDT era dada como certa porque o partido deve apoiar Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo. O conflito com Boulos é antigo, desde a organização para Copa do Mundo de 2014, quando Rebelo era ministro dos Esportes do governo Dilma Rousseff. "Eu era um dos responsáveis pela organização da Copa do Mundo, e enfrentava grupos de vândalos e sabotadores ligados ao movimento 'Não vai ter Copa'. Boulos era um dos lideres desta ação", disse no começo deste ano.
No radar de apoio de Ricardo Nunes - que podem indicar a vice - estão, por exemplo, Republicanos, União Brasil e PSD.
'MDB cresce qualitativamente', avalia Baleia Rossi
Presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi, afirmou que o partido ganha com o retorno de Aldo Rebelo, que era filiado ao partido na década de 1980.
"Para nós foi um movimento importante porque ele tem um prestígio, tem uma história de vida muito a ver com o MDB. Há 40 anos ele era emedebista, saiu e agora voltou. Exatamente pelo Estado que ele foi sete vezes deputado. O MDB cresce qualitativamente", afirmou o parlamentar.
Aldo Rebelo foi ministro dos governos Lula e Dilma (Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais, Esporte, Ciência e Tecnologia e Defesa), presidente da Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007, deputado federal entre 1991 e 2011 e secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo.