Aliados de Lula comemoram operação da PF contra Bolsonaro; veja reações

Pelas redes sociais, parlamentares da base governista comentaram o mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente

3 mai 2023 - 14h25
(atualizado às 19h32)
Polícia Federal faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante Mauro Cid
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Políticos da base governista comemoraram a operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta quarta-feira, 3. O ex-mandatário foi alvo da Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal, decorrente de investigação a um suposto esquema de fraude em sistemas do Ministério da Saúde.

Pelas redes sociais, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, ironizou a situação e escreveu: "Dia quente logo cedo em Brasília. A PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende o ex-ajudante Mauro Cid. Operação fraude em cartões de vacinação e rede de dados em saúde de Bolsonaro, familiares e outros pra emitir certificados falsos".

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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, também comentou a operação realizada pela PF. Em seu perfil, o parlamentar afirmou que a suposta falsificação de documentos pessoais para entrar em território estrangeiro parecia um "filme de criminoso". 

Foto: Infográfico: Redação Terra

Veja mais reações:

Entenda a operação da PF contra Bolsonaro

Segundo investigação da Polícia Federal, um médico a prefeitura da cidade de Cabeceiras, em Goiás, preencheu o cartão de vacinação contra a covid-19 para Bolsonaro, sua filha Laura, o ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, e a esposa dele. Após o preenchimento do cartão, o grupo tentou registrá-lo no sistema eletrônico do SUS em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, para que ele pudesse ser considerado oficial e valer, por exemplo, em viagens internacionais.

Ainda de acordo a PF, o sistema rejeitou as informações, pois o lote de vacinas em questão havia sido enviado para Goiás, e não para o Rio de Janeiro, como havia sido informado. Foi então que começou a troca de mensagens entre Mauro Cid e seus ajudantes, o que acabou resultando na operação desta quarta-feira.

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Por meio dessas mensagens, a PF descobriu que eles precisavam obter outro número de lote de vacinas, desta vez do Rio de Janeiro, para realizar o registro. As informações são da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixa sua casa após uma operação de busca, em Brasília, Brasil, 3 de maio de 2023.
Foto: Reuters/Adriano Machado

Com o registro do cartão de vacinação, o grupo baixou os arquivos, imprimiu os cartões e, em seguida, os excluiu do sistema. Dessa forma, se alguém buscasse pelos registros de vacinação do grupo no sistema eletrônico, não encontraria nada.

Somente após ter acesso às mensagens de Cid e realizar uma perícia no sistema, a PF descobriu a adulteração. Até então, não se tinha conhecimento de que Jair Bolsonaro e sua filha também haviam registrado cartões falsos.

Quais os crimes que Bolsonaro e aliados podem ter cometido

A operação que prendeu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19, em sistemas do Ministério da Saúde. Intitulada de Venire, a ação realizada pela Polícia Federal foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das 'milícias digitais'.

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Caso sejam confirmadas as suspeitas, os envolvidos podem responder por:

• Crimes de infração de medida sanitária preventiva;

• Associação criminosa;

• Inserção de dados falsos em sistemas de informação;

• Corrupção de menores. 

A ação desta quarta-feira, 3, não tinha como foco a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, seis pessoas foram presas, entre elas:

• Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; 

Max Guilherme, ex-sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e segurança do ex-presidente;

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• Sergio Cordeiro, também segurança de Bolsonaro;

• João Carlos de Souza Brecha, secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ).

Fonte: Redação Terra
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