Ana Amélia rejeita comparação com Yeda e ataca Bolsonaro

“Não concordo com uma declaração do Jair Bolsonaro", diz a candidata ao governo do RS

27 jun 2014 - 00h53
(atualizado às 01h01)
A progressista criticou o governo de Tarso Genro por ter parcelado o aumento dos professores pelos próximos anos
A progressista criticou o governo de Tarso Genro por ter parcelado o aumento dos professores pelos próximos anos
Foto: Luiz Munhoz / Ulbra TV / Divulgação

A senadora Ana Amélia Lemos, pré-candidata do PP ao governo do Rio Grande do Sul, rejeitou nesta quinta-feira qualquer comparação com a ex-governadora Yeda Crusius (PSDB). A parlamentar gaúcha adiantou, na sabatina realizada pela Ulbra TV em parceria com o Terra e o site Sul 21, que a tucana não terá participação na campanha, apesar de o PSDB estar coligado com os progressistas na corrida ao Palácio Piratini. 

Ana Amélia afirmou que Yeda errou politicamente, apesar de acertos administrativos: “Acertou na gestão, no déficit zero, acertou neste aspecto, ninguém discute. E por alguns investimentos feitos em rodovias importantes para o Rio Grande do Sul. Ponto. Politicamente a ex-governadora errou muito na convivência com os segmentos da sociedade. O preço que ela pagou foi um preço político – por está má administração política do Estado”, destacou Ana Amélia, que na época da gestão tucana ainda atuava como jornalista do Grupo RBS.

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"Nenhum presidente recusaria o apoio do PP", diz Ana Amélia
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Perguntada sobre declarações polêmicas dos colegas de partido, deputados federais Jair Bolsonaro (RJ) e Luis Carlos Heinze (RS), Ana Amélia foi enfática: “Não concordo com uma declaração do Jair Bolsonaro. Com nenhuma atitude dele. Não concordo com nenhuma declaração preconceituosa do deputado Luis Carlos Heinze”, salientou a senadora sobre as declarações homofóbicas do parlamentar carioca e da manifestação contra índios e gays do representante gaúcho. Apesar de serem do mesmo partido, ela destacou que as legendas são feitas de pessoas com pensamentos diferentes. “Os partidos são compostos como a mão da gente. São diferentes. As famílias são diferentes. Tem irmão estudioso, outro que não gosta de estudar, é assim. Por isso o nome é partido. É uma coisa repartida. São pessoas que pensam dessa forma. Não pode expulsar por ele expressar uma posição que é endossada por uma parcela da sociedade brasileira”, ponderou. 

RS: Ana Amélia rejeita comparação com Yeda e ataca Bolsonaro
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A progressista criticou o governo de Tarso Genro por ter parcelado o aumento dos professores pelos próximos anos. Segundo ela, o petista não poderia fazer isso. “Ele comprometeu o Estado sem saber se será reeleito”, apontou. Ana Amélia disse que está preparada para aguentar a pressão dos movimentos sociais e de sindicatos caso seja eleita e apontou o diálogo como a fórmula para conter os problemas. Ela adiantou que irá diminuir o número de secretarias e também de cargos em comissão. Ela, porém, não indicou quais as pastas que serão extintas. 

Balela

A senadora criticou duramente a decisão do diretório nacional do PP que decidiu pelo apoio à presidente Dilma Rousseff. A parlamentar afirmou que defende a neutralidade neste período e lamentou que não poderá apoiar formalmente o senador tucano Aécio Neves na corrida pelo Planalto. “Não é o problema da presidente Dilma. Não é isso que tá em jogo. Tá em jogo a neutralidade. Não adianta o presidente do nosso partido, o Ciro Nogueira, dizer; ‘nós fechamos nacionalmente o apoio a Dilma Rousseff, mas os diretórios regionais podem apoiar os candidatos que eles quiserem de acordo com conveniências e diferenças regionais’. Isso é uma balela. Por que eu não posso usar ele tendo o diretório nacional apoiado a Dilma porque o tempo da TV é para Dilma. Eu não posso colocar na minha campanha o Aécio”, reclamou. A candidata ao governo explicou que entrou com uma ação cautelar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação da convenção nacional.

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Mapa eleitoral 2014

Fonte: Terra
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