André Mendonça prega união entre empresas e igreja para 'resgatar a essência' do Rio contra o crime

Ministro classificou crime organizado como empresa que "não visa lucro" e retira valores fundamentais; magistrado disse, sem citar qual, que cidade paulista teria candidatos ligados ao crime organizado

23 set 2024 - 22h12

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta segunda-feira, 23, que empresários devem se unir com a igreja para discutirem a segurança pública do Rio de Janeiro.

A declaração foi dada durante um encontro promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais do Rio (Lide) em Copacabana, na zona sul da capital. O magistrado se mostrou preocupado com o crime organizado que, segundo ele, está se aliando a candidatos a vereador e prefeito no pleito deste ano.

Publicidade

"Os senhores têm um patrimônio, que é o Rio de Janeiro, os senhores têm um desafio, que é resgatar a essência", argumentou.

Mendonça lembrou que chefiou a pasta de Justiça e Segurança Pública durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, o crime organizado "retira valores fundamentais".

"O crime organizado é uma indústria que visa lucro, não paga imposto, mata e retira investimentos. Mas, mais do que isso, retira valores fundamentais" disse.

O ministro pontuou que comentava sobre uma "questão de estado" e não de "política". O integrante do STF citou, sem especificar qual, uma cidade de São Paulo em que haveria um alto número de candidatos ligados ao crime organizado.

Publicidade

"Quase todos eles têm envolvimento com o crime. Nós temos cidades em que há dois candidatos a prefeito, e os dois estão envolvidos", comentou o ministro.

André Mendonça, que chegou ao STF indicado por Bolsonaro em 2021, é pastor da Igreja Presbiteriana e sua indicação ao Supremo veio depois do ex-presidente prometer a indicação de alguém "terrivelmente evangélico" à Corte.

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações