A presidente Dilma Rousseff tem agenda cheia nesta terça-feira, após o anúncio de cinco pactos com medidas para a resolução dos principais pontos reivindicados pela onda de protestos no País. Dilma deve se encontrar, durante o dia, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coêlho. A Presidência da República não informou, no entanto, a pauta das reuniões.
O primeiro compromisso do dia de Dilma é com o presidente da OAB. Hoje, Furtado afirmou que o plebiscito para convocar uma Constituinte para discutir a reforma política – um dos cinco pactos propostos pela presidente - não é o instrumento adequado.
À tarde, Dilma se encontra com Barbosa, às 15h, e com representantes de movimentos urbanos, às 16h30. O último compromisso do dia é uma reunião com Renan Calheiros, que ocorre às 17h30.
Os cinco pactos
A presidente Dilma Rousseff apresentou nesta segunda-feira medidas concretas para a resolução dos principais pontos reivindicados pela onda de protestos há duas semanas. Ela elencou cinco pactos, dos quais o mais ousado é a criação de um plebiscito que debaterá a reforma política e, dentre outros assuntos, deverá propor que o crime de corrupção seja considerado hediondo.
O primeiro pacto anunciado por Dilma foi o daresponsabilidade fiscal, com o objetivo de garantir a estabilidade da economia diante da atual crise mundial. O segundo pacto é "em torno da construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular e amplie os horizontes da cidadania", disse a presidente.
O terceiro pacto diz respeito à melhoria do sistema de saúde do País, acelerando "os investimentos já contratados em hospitais, UPAs (unidades de pronto-atendimento) e unidades básicas de saúde", disse Dilma.
O quarto pacto anunciado por Dilma diz respeito ao transporte público e mobilidade urbana, gatilhos da série de protestos. A presidente anunciou um investimento de R$ 50 bilhões para obras de mobilidade urbana, como a construção de linhas de metrô e corredores de ônibus.
A educação foi o tema central do quinto pacto anunciado por Dilma. A presidente reiterou a defesa pela aprovação da proposta que destina 100% dos royalties do petróleo à educação do País, e pediu apoio do Congresso para acelerar a tramitação da pauta.