O Psol protocolou nesta terça-feira uma representação contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), por quebra de decoro parlamentar, por uma suposta agressão feita pelo parlamentar ao senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), ontem, no Rio de Janeiro, durante visita de parlamentares, membros da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro e ex-presos políticos ao Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte da capital fluminense, onde funcionou a sede do Destacamento de Operações de Informações-Centro de Defesa Interna (Doi-Codi) na época da ditadura militar. Bolsonaro nega a agressão.
Como a representação foi feita por um partido político, será analisada diretamente pelo Conselho de Ética, após ser numerada pela Mesa Diretora da Câmara. Caberá ao presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), instaurar processo de investigação que poderá ser arquivado ou resultar em punições que vão da advertência à cassação do mandato.
Depois de numerado pela Mesa, o presidente do Conselho de Ética irá sortear três relatores, dos quais será escolhido um para elaborar parecer preliminar a ser votado pelo conselho.
Ontem, a primeira visita das subcomissões da Verdade do Senado e da Câmara e da Comissão Estadual da Verdade fluminense à sede do antigo DOI-Codi foi tumultuada pela presença de Bolsonaro, que não faz parte de nenhum dos três grupos.
A confusão começou quando Bolsonaro forçou a passagem, no portão do quartel, e chegou a dar um soco na barriga do senador Randolfe Rodrigues que tentava impedir a entrada do deputado federal. O parlamentar fluminense nega ter ter agredido o senador. Segundo ele, houve apenas troca de empurrões e agressões verbais.