A operação da Polícia Federal (PL) contra atos antidemocráticos e bloqueio de estradas após as eleições vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incomodou a ala mais radical de parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). É o caso da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que voltou a insistir na avaliação do pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre atos democráticos na Suprema Corte, e que autorizou a ação da PF na quinta-feira, 15.
Segundo a coluna de Bela Megale, do jornal O Globo, Zambelli e outros radicais, como o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), pretendem pressionar os senadores e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o afastamento de Moraes seja analisado em plenário.
A decisão, porém, não agrada nem a todos do partido de Bolsonaro. Parlamentares mais moderados não concordam com essa pressão, já que há um receio de que isso possa desgastar ainda mais a legenda, que sofreu um revés no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao tentar questionar o resultado das eleições presidenciais.
Além disso, Zambelli tem costumado a defender um golpe de Estado, como fez em um vídeo nas redes sociais que repercutiu mal no meio político.