O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres declarou que irá "retornar ao Brasil" e se "apresentar à Justiça", após ter o pedido de prisão decretado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta terça-feira, 10. Torres foi exonerado do cargo após os atos golpistas de 8 de janeiro, que culminaram na invasão e destruição dos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Em uma rede social, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o assunto: "Hoje (10/01), recebi notícia de que o Min Alexandre de Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa. Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na justiça".
Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá.
— Anderson Torres (@andersongtorres) January 10, 2023
O pedido de prisão considera que houve omissão de Torres para combater os atos de 8 de janeiro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também abriu inquérito para investigar a conduta de Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), nos atos golpistas do último domingo.
A PGR aponta 'indícios graves do possível envolvimento do governador do DF e de seus secretários (titular e interino), bem assim do comandante geral da Polícia Militar, em verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito'.
Ex-ministro de Bolsonaro
Torres foi nomeado secretário de Segurança Pública do DF em 1º de janeiro, após deixar o comando do Ministério da Justiça com o fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ele fora nomeado pelo então governador Ibaneis Rocha que, no entanto, decidiu demiti-lo do cargo após a grave falha na segurança pública no domingo, que resultou na invasão e depredação dos edifícios-sede dos Três Poderes da República.
Posteriormente, Ibaneis foi afastado temporariamente do cargo por 90 dias, também por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
*Com informações da Reuters