Após prisão decretada, Torres diz que vai voltar ao Brasil e se apresentar à Justiça

Ex-secretário de Segurança do DF é investigado por falhas de segurança e 'omissão' durante atos golpistas de 8 de janeiro

10 jan 2023 - 21h37
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres
Foto: Wilton Junior / Estadão / Estadão

O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres declarou que irá "retornar ao Brasil" e se "apresentar à Justiça", após ter o pedido de prisão decretado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta terça-feira, 10. Torres foi exonerado do cargo após os atos golpistas de 8 de janeiro, que culminaram na invasão e destruição dos prédios dos Três Poderes, em Brasília.  

Em uma rede social, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o assunto: "Hoje (10/01), recebi notícia de que o Min Alexandre de Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa. Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na justiça". 

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O pedido de prisão considera que houve omissão de Torres para combater os atos de 8 de janeiro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também abriu inquérito para investigar a conduta de Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), nos atos golpistas do último domingo.

A PGR aponta 'indícios graves do possível envolvimento do governador do DF e de seus secretários (titular e interino), bem assim do comandante geral da Polícia Militar, em verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito'.

Ex-ministro de Bolsonaro

Torres foi nomeado secretário de Segurança Pública do DF em 1º de janeiro, após deixar o comando do Ministério da Justiça com o fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Ele fora nomeado pelo então governador Ibaneis Rocha que, no entanto, decidiu demiti-lo do cargo após a grave falha na segurança pública no domingo, que resultou na invasão e depredação dos edifícios-sede dos Três Poderes da República.

Posteriormente, Ibaneis foi afastado temporariamente do cargo por 90 dias, também por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

*Com informações da Reuters

Fonte: Redação Terra
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