O ex-chanceler Ernesto Araújo afirmou nesta terça-feira à CPI da Covid que a política do Ministério das Relações Exteriores não ofereceu "percalço" ao governo para que cumprisse suas incumbências durante a pandemia do novo coronavírus, e disse que o Itamaraty atuou em coordenação com o Ministério da Saúde.
O ministro negou que tenha recebido alguma orientação direta do presidente da República, Jair Bolsonaro, para a condução da política externa na pandemia, ou que o governo trabalhasse com um "plano único", mas explicou que as diretrizes foram sendo definidas ao longo do tempo.
Araújo disse ainda não se recordar de "divergências" de opiniões entre a pasta que chefiava e Bolsonaro a respeito da pandemia.
Sobre a aquisição de vacinas, explicou que a estratégia foi definida a partir de avaliação do Ministério da Saúde e que abrangia os imunizantes de Oxford/AstraZeneca e do consórcio Covax. O ex-ministro destacou a China e a Índia como países que mais têm cooperado com o Brasil no caso das vacinas.