Atos são “manifestação democrática”, diz porta-voz de Dilma

Silva disse que o descontentamento em relação aos políticos atinge todas as esferas do poder, expressado desde as manifestações de junho de 2013

13 abr 2015 - 18h53
(atualizado às 18h53)
Manaus - Manifestantes no centro de Manaus protestam contra o governo Dilma
Manaus - Manifestantes no centro de Manaus protestam contra o governo Dilma
Foto: Edmar Barros / Futura Press

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse nesta segunda-feira (13) que o governo considera os protestos deste domingo (12) como uma “manifestação democrática”, e está atento às reivindicações apresentadas pelas pessoas que foram às ruas.

Pela segunda vez em menos de um mês, milhares de pessoas protestaram em cidades de todas as regiões do paí, contra o governo da presidenta Dilma Rousseff e pelo fim da corrupção, entre outras causas. Segundo cálculos dos organizadores e das polícias militares estaduais, as manifestações deste domingo foram menores que as primeiras, no dia 15 de março.

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“O governo está atento à pauta das mobilizações. O governo continua governando, mas considerando as manifestações como uma manifestação democrática do nosso país. O governo, como já disse, respeita uma manifestação dessa dimensão. É uma expressão importante da democracia brasileira”, disse o ministro após se reunir com assessores de comunicação do governo.

Perguntado sobre os resultados da pesquisa Datafolha, divulgada no fim de semana, segundo a qual 63% dos brasileiros querem o impeachment da presidenta Dilma, Silva disse que o descontentamento em relação aos políticos atinge todas as esferas do poder, expressado desde as manifestações de junho de 2013.

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“Todos os poderes instituídos do Estado brasileiro certamente estão sendo questionados, a imensa maioria das prefeituras, dos governos de estados, dos legislativos. É claro que temos a responsabilidade, por sermos o governo central, mas o mais importante é que a gente possa entender o sentimento das ruas e trabalhar para que a gente aprimore cada vez mais o Estado da sociedade civil”, ponderou.

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Responsável pela comunicação do governo, Silva disse que a estratégia para melhorar os índices de aprovação da gestão Dilma será a aproximação com a sociedade para ouvir mais as demandas da população. “A sociedade civil quer participar mais da vida política no nosso país, a sociedade quer mais instrumentos de fiscalização”, ressaltou.

Segundo Edinho Silva, informar os feitos do governo não é nenhuma benesse, é uma obrigação"
Foto: Twitter

No encontro desta segunda-feira (13), o ministro reuniu os assessores de comunicação do governo federal para discutir estratégias conjuntas para todas as pastas. “Foi uma reunião para que a gente possa unificar a forma de trabalho de toda a comunicação do governo. Preciso conhecer a estrutura de cada ministério, quero saber o que cada ministério está organizando para que a gente possa fazer a informação chegar de forma mais eficiente ao cidadão”, disse Silva, que está no governo desde o fim de março.

Segundo Edinho Silva, “informar os feitos do governo não é nenhuma benesse, é uma obrigação", porque o que o governo faz é com dinheiro público, e "o cidadão tem que saber aquilo que acontece com o seu dinheiro”.

Agência Brasil
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