O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou na noite desta quinta-feira (18) o áudio da conversa entre o presidente Michel Temer e Joesley Batista, dono da JBS.
A gravação de quase 40 minutos foi divulgada pelo ministro Edson Fachin, após o peemedebista ter pedido para ter acesso a seu conteúdo. No minuto nove, Joesley menciona o nome do deputado cassado Eduardo Cunha, preso desde o fim do ano passado, e diz que, "dentro do possível", fez "o máximo que deu ali".
"Zerei tudo o que tinha de alguma pendência, zerou tudo, liquidou tudo. E ele foi firme em cima, ele já tava lá, veio, cobrou, tal, tal e tal. Pronto, acelerei o passo e tirei da frente", afirma o dono da JBS, reclamando que não pode mais se encontrar com o ex-ministro Geddel Vieira Lima, também investigado pela Justiça.
Em seguida, Joesley afirma que está "se defendendo". "O que eu mais ou menos dei conta de fazer até agora? Tô de bem com o Eduardo...", acrescenta, antes de ser interrompido por Temer.
"Tem que manter isso, viu?", fala o presidente da República.
"Todo mês, eu tô segurando as pontas, tô indo", responde o empresário.
Em seu pronunciamento na tarde desta quinta, Temer havia dito que Joesley lhe relatará que estava auxiliando "a família do ex-parlamentar".
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