Mais Médicos e queda de preços elevam aprovação de Dilma, diz CNT/MDA

10 set 2013 - 10h55
(atualizado às 11h28)

A avaliação do governo e a aprovação pessoal de Dilma Rousseff melhorou em setembro, beneficiadas principalmente pelo programa federal que traz médicos estrangeiros ao país e pela queda dos preços de alimentos e transportes, apontou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira.

Presidente Dilma Rousseff fala durante cerimônia em que sancionou a lei que destina os royalties do petróleo para educação e saúde, no Palácio do Planalto, em Brasília. A avaliação do governo Dilma Rousseff melhorou em setembro, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira. 9/09/2013.
Presidente Dilma Rousseff fala durante cerimônia em que sancionou a lei que destina os royalties do petróleo para educação e saúde, no Palácio do Planalto, em Brasília. A avaliação do governo Dilma Rousseff melhorou em setembro, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira. 9/09/2013.
Foto: Celso Junior / Reuters

Segundo o levantamento do instituto MDA encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a avaliação positiva do governo subiu para 38,1 por cento, ante 31,3 por cento em julho, enquanto a aprovação pessoal de Dilma passou para 58,0 por cento, ante 49,3 por cento.

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Para o presidente da CNT, senador Clésio Andrade (PMDB-MG), além da redução de preços de alimentos e das tarifas de transporte público e do programa Mais Médicos, um "otimismo" dos entrevistados com relação à renda também ajudou na melhora da popularidade de Dilma.

"Os três fatores são predominantes para a recuperação tanto da avaliação do governo, quanto da avaliação pessoal, quanto da intenção de voto", disse o senador a jornalistas.

A sondagem deste mês aponta que 73,9 por cento dos entrevistados aprova a polêmica contratação de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos. Na pesquisa de julho, o percentual de aprovação era de 49,7 por cento.

Apesar da queda nos preços ter estimulado uma recuperação da popularidade da presidente, na opinião de Andrade, a pesquisa mostrou pessimismo dos entrevistados com relação ao controle da inflação.

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Apenas 15,0 por cento dos entrevistados acreditam que a inflação está controlada, enquanto 75,9 por cento responderam não acreditar que ela está sob controle.

Para 39,7 por cento, o governo é regular, ante 38,7 por cento em julho. A avaliação negativa caiu para 21,9 por cento, ante 29,5 por cento. O desempenho pessoal de Dilma é desaprovado por 40,5 por cento dos entrevistados, ante 47,3 por cento em julho. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

Mesmo com a melhora na popularidade, a presidente ainda está longe dos patamares pré-manifestações populares de junho, que tomaram conta das ruas de diversas cidades do país, pedindo a melhoria dos serviços públicos, como transporte, educação e saúde, contra a corrupção e os gastos públicos em eventos esportivos.

No início daquele mês, pesquisa CNT/MDA mostrava a avaliação positiva do governo em 54,2 por cento e a aprovação pessoal da presidente em 73,7 por cento.

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ELEIÇÕES

A pesquisa aponta ainda a liderança de Dilma em diversos cenários eleitorais. Na intenção de voto estimulada, a presidente tem 36,4 por cento das intenções de voto, seguida da ex-senadora Marina Silva (que tenta criar o partido Rede Sustentabilidade), com 22,4 por cento.

Em terceiro lugar vem o senador tucano Aécio Neves (MG), com 15,2 por cento, e em quarto lugar, com 5,2 por cento das intenções, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Em julho, neste cenário, as intenções de voto eram: Dilma com 33,4 por cento, Marina Silva com 20,7 por cento, Aécio com 15,2 por cento e Eduardo Campos com 7,4 por cento.

A pesquisa divulgada nesta manhã mostrou que num cenário de segundo turno, Dilma venceria Marina por 40,7 por cento a 31,9 por cento.

O levantamento divulgado nesta quarta aponta ainda uma queda no percentual de rejeição da presidente Dilma: 41,6 por cento responderam que não votariam na presidente "de jeito nenhum". Em julho, essa parcela era de 44,7 por cento.

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Foram entrevistadas 2.002 pessoas entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro, em 135 municípios de 21 unidades da Federação.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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