Aziz: Brasil tem um grande motoqueiro e péssimo presidente

Presidente da CPI da Covid referiu-se às 'motociatas' que Bolsonaro tem participado em viagens pelo País

13 jul 2021 - 15h23
(atualizado às 15h29)
13/07/2021
REUTERS/Adriano Machado
13/07/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Um dos alvos preferenciais de Jair Bolsonaro, o presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta terça-feira, 13, que o Brasil tem um péssimo presidente, acusando-o de atacar adversários e agredir mulheres.

Bolsonaro não tem poupado ataques a Aziz e demais dirigentes da Comissão Parlamentar de Inquérito, como o vice-presidente do colegiado Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator Renan Calheiros (MDB-AL), a quem já se referiu como "patetas" e "picaretas".

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"Um presidente que é incapaz de ser solidário aos brasileiros, um presidente que abre a boca para assacar contra quem se contraponha a ele, um presidente motoqueiro! O Brasil tem um presidente motoqueiro que, em vez de ir aos Estados, municípios e visitar um hospital, e visitar uma família que perdeu um ente querido, vai assacar contra os adversários", disse Aziz, referindo-se às 'motociatas' que Bolsonaro tem participado em viagens pelo País.

Presidente Bolsonaro participou de motociata com apoiadores em Porto Alegre no último sábado
Foto: Reprodução/Facebook/Jair Messias Bolsonaro / Estadão Conteúdo

"É uma pessoa que não tem sensibilidade, agressor de mulheres, gosta de gritar com as mulheres, mas adora andar de moto. Grande motoqueiro o Brasil tem; péssimo presidente o Brasil tem", afirmou Aziz.

O presidente da CPI lamentava a impossibilidade de seguir com o depoimento da diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades, que utilizou-se de um habeas corpus parcialmente concedido para evitar se comprometer a dizer a verdade. Aziz passou a reclamar sobre possível estratégia do governo para blindar depoentes, alguns deles convocados pela Polícia Federal pouco antes de suas oitivas na CPI, de forma a conferir status de investigados e possibilitar a obtenção de habeas corpus no Supremo.

O senador também comentou a "correria" do governo após a decretação da prisão, pela CPI, do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, acusado de participação em suposto esquema de propina na compra de vacinas contra a Covid-19 que teria o envolvimento de integrantes das Forças Armadas.

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"Membros do governo, aliados do presidente Bolsonaro foram lá se solidarizar com uma pessoa que foi colocada, exonerada por indício de corrupção, por indício de corrupção! Quem foi lá? Não foi quem está querendo investigar, não. Quem foi lá foi quem defende o governo Bolsonaro aqui dentro", disse o presidente da CPI.

Acusado de ter cometido abuso ao determinar a prisão de Dias por senadores governistas, Aziz afirmou nesta terça que "abuso de autoridade são as mortes, é a omissão, é ser complacente com um governo que não tem um milímetro de solidariedade".

O senador desabafou ainda sobre os ataques direcionados a ele, mencionando, inclusive, nota do Ministério da Defesa divulgada na última semana que repudiava declarações dele sobre o envolvimento de integrantes das Forças Armadas em supostas irregularidades.

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