Bancada do PT apoiará MPs do ajuste fiscal na Câmara, diz líder

5 mai 2015 - 19h32

A bancada do PT na Câmara dos Deputados vai votar a favor das duas medidas provisórias que fazem parte do ajuste fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff, disse o líder da legenda na Casa, Sibá Machado (PT-AC), nesta terça-feira.

Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília. 3/12/2014.
Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília. 3/12/2014.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Falando no plenário durante discussão da MP 665, que restringe acesso a benefícios trabalhistas, Sibá disse que a bancada petista de deputados decidiu, em reunião nesta terça-feira, apoiar as MPs, como quer o governo.

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"Estamos prontos para votar as medidas provisórias", afirmou o líder na tribuna da Câmara. "A posição da bancada do PT é de apoiar as duas medidas provisórias."

O plenário da Câmara deve votar nesta terça a MP 665, que limita o acesso a benefícios como o seguro-desemprego e o abono salarial, e o líder petista defendeu que, na quarta-feira, a outra MP ligada ao ajuste fiscal, a 664, que muda regras de acesso a benefícios previdenciários, seja votada em plenário.

A MP 664, que trata de benefícios como pensão por morte e auxílio-doença, foi aprovada nesta terça em comissão mista.

Em seu discurso, Sibá afirmou que as duas medidas provisórias, que tiveram relatores petistas nas comissões mistas, sofreram mudanças em relação ao texto originalmente enviado pelo governo ao Congresso.

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As duas MPs têm sido alvo de críticas da oposição, que avalia que elas retiram direitos dos trabalhadores.

O governo, por sua vez, aponta as mudanças contidas nas MPs como essenciais para equilibrar as contas públicas e cumprir a meta de superávit primário deste ano, equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Na segunda-feira, o vice-presidente Michel Temer, que também é o responsável pela articulação política do governo Dilma, alertou que, caso as MPs do ajuste não sejam aprovadas pelo Congresso, o contingenciamento orçamentário, ainda a ser anunciado pelo Executivo, será "radical".

Se aprovadas pela Câmara, as duas medidas provisórias terão ainda de passar pelo Senado.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Reportagem adicional de Eduardo Simões, em São Paulo)

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