A bancada do PT na Câmara dos Deputados fechou questão, nesta quarta-feira, a favor das duas medidas provisórias do ajuste fiscal, facilitando a votação no plenário.
Uma delas, a MP 665, que altera regras de acesso a benefícios trabalhistas, iria ser votada na terça-feira, mas devido a um impasse entre partidos da base não foi analisada.
O PMDB, maior aliado da coalizão, queria que o PT declarasse apoio de toda a bancada. Houve ainda parlamentares peemedebistas que se sentiram desconfortáveis com a exibição de propaganda do PT, em cadeia de rádio e televisão, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu os direitos dos trabalhadores ao criticar o projeto de lei da terceirização, que também tramita no Congresso.
A exibição da propaganda trouxe “constrangimento” a deputados da base, chegando ao ponto do líder do PMDB Leonardo Picciani (RJ) afirmar que não votaria a MP até que o “PT nos explique o que quer”.
“O PT fecha questão. Estamos prontos para votar em plenário”, anunciou da tribuna o líder do PT na Casa, deputado Sibá Machado (AC).
O estatuto do PT prevê que os deputados são obrigados a seguir o posicionamento tomado coletivamente pela bancada quando há o chamado “fechamento de questão”. A desobediência pode resultar, em última instância, em expulsão da sigla.
Ao discursar em plenário, Sibá pediu o apoio das outras bancadas que compõem a base do governo Dilma Rousseff. O PDT, aliado do governo, vem mantendo orientação contrária à MP.
(Por Maria Carolina Marcello)