Bebianno: Ataques a militares repetem processo de demissão

'É idêntico. Só não fazem com Mourão porque é vice-presidente eleito', afirmou o ex-ministro de Bolsonaro sobre ataques de olavistas

7 mai 2019 - 19h17
(atualizado às 19h39)

Demitido do governo após se envolver em um embate com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno afirmou que a ofensiva feita nos últimos dias pelo escritor Olavo de Carvalho contra o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, e outros ministros militares é "idêntica" à qual ele próprio foi submetido.

Ao Estadão/Broadcast, Bebianno disse avaliar que a nova leva de ataques poupa o vice-presidente Hamilton Mourão pelo fato de ele ter sido eleito e, portanto, não teria como perder o cargo. "É idêntico. Só não fazem com Mourão porque é vice-presidente eleito", disse. No fim do mês passado, entretanto, o próprio vice-presidente também foi alvo de críticas do escritor nas redes sociais.

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Gustavo Bebianno em São Paulo
29/09/2018 REUTERS/Amanda Perobelli
Gustavo Bebianno em São Paulo 29/09/2018 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Sobre os constantes ataques de Olavo de Carvalho à cúpula militar do governo, Bebianno afirmou que "é hora de as crianças irem para casa e deixarem o papai trabalhar". "Há um país que depende disso."

Bebianno também saiu em defesa de Santos Cruz e do ex-comandante do Exército e general Eduardo Villas Bôas, que em entrevista ao Estado afirmou que Olavo presta um "desserviço" ao País.

"Acho que os militares merecem respeito. Todos eles. Mourão, Santos Cruz, todos. Principalmente o General Eduardo Villas Bôas, que tem uma história de vida impecável, e serve de exemplo para todos nós. Trata-se de uma das melhores pessoas que já conheci em toda a minha vida", disse.

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