Os bolsonaristas que participaram dos atos golpitas de 8 de janeiro feriram 44 policiais e possuiam noção tática de enfrentamento. A revelação foi feita pelo interventor da segurança no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, exibida neste domingo, 15. Os ferimentos ocorreram durante o embate entre os agentes da polícia e os golpistas, que invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes, o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e o Palácio do Planalto.
"Temos 44 policiais militares feridos em combate. Eles enfrentaram homens profissionais entre os manifestantes. Pessoas treinadas e preparadas. Gente que tinha noção de tática de enfrentamento, gente que tinha luva própria pra devolver granada e artefatos e gente que por muito pouco não ceifou a vida de um policial militar", afirmou Cappelli. Para ele, os atos não foram compatíveis com uma 'simples manifestação', mas sim "uma organização criminosa".
"Um sargento chegou a me dizer que ele tem muitos anos na polícia, mas que foi a primeira vez que teve medo de morrer, porque a intenção deles [golpistas] era matar", ressaltou.
Desde o início da intervenção, boa parte do comando da Polícia Militar do Distrito Federa foi afastado. e 4 inquéritos foram abertos. A capital Federal já foi palco de diversas manifestações. Por isso, Cappelli acredita que as 'falhas' na segurança durante os atos de 8 de janeiro demonstram "no mínimo omissão". "Vamos apurar e responsabilizar homens que tinham o dever de garantir a segurança", afirmou Cappelli.