Bolsonaristas vaiam discurso de Mourão e tentam invadir área residencial do Exército

Pronunciamento do presidente em exercício gerou 'racha' na base bolsonarista; no domingo, 31

31 dez 2022 - 22h49
(atualizado em 1/1/2023 às 12h06)
Hamilton Mourão durante pronunciamento no dia 31 de dezembro de 2022
Hamilton Mourão durante pronunciamento no dia 31 de dezembro de 2022
Foto: Divulgação

Dezenas de radicais bolsonaristas permaneceram acampados no Quartel General do Exército em Brasília, na noite do dia 31 de dezembro, e  vaiaram o pronunciamento do presidente em exercício Hamilton Mourão em rede nacional, ouviram-se vaias dos apoiadores de Bolsonaro a seu vice. Neste domingo 

Houve divergências sobre a postura do general e senador eleito pelo Rio Grande do Sul. "Ele só cumpriu o protocolo. Temos que confiar no Exército", disse uma apoiadora com microfone na mão. Outros desesperados pediam que algo fosse feito até a meia-noite. "Não podemos esperar", afirmou outra militante ouvida pela reportagem do Estadão no local.

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No discurso, Mourão pediu que bolsonaristas lutem "pela preservação da democracia" e que voltem "à normalidade", trecho que irritou parte dos militantes acampados na capital federal. "A alternância de poder é saudável e deve ser preservada", afirmou Mourão, que pediu uma oposição ao novo governo e não ao Brasil.

Um grupo de extremistas foram até o local onde ficam as residências dos oficiais-generais da Força para cobrar uma ação. Eles  acabaram barrados na portaria e a Polícia do Exército teve que reforçar a segurança do local.

Aos berros, alguns extremistas reclamavam que não houve ação do governo Jair Bolsonaro e insistiam que era preciso fazer alguma coisa para "impedir a ameaça do comunismo". A tentativa de entrada dos manifestantes foi registrada em redes sociais que continuam divulgando mensagens golpistas contra a posse de Lula. No meio deles, um homem indígena tentou falar com a guarda da portaria, reclamando: "O presidente viajou, deixou tudo na mão dos generais".

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Um dos vídeos mostra o momento em que a tropa de choque do Exército chega ao local para reforçar a segurança diante da insistência dos extremistas de ser atendido por algum oficial. "O cacique quer falar com o general", bradou um homem do grupo.

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