Em crise com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) por não conceder uma reestruturação das carreiras prometida à categoria, o presidente Jair Bolsonaro (PL) novamente evitou tomar um posicionamento firme em relação à morte violenta de Genivaldo Jesus Santos. Ele morreu asfixiado dentro de uma viatura da PRF na semana passada.
Bolsonaro foi questionado sobre o caso Genivaldo em coletiva de imprensa em Recife após sobrevoar áreas atingidas por chuvas. Primeiramente, não respondeu e passou a palavra ao ministro da Justiça, Anderson Torres, que disse ser preciso aguardar as investigações.
Depois, tomou a palavra e comentou o assassinato de dois agentes da PRF, uma semana antes. "Lamento o ocorrido, há duas semanas, com dois policiais rodoviários federais", declarou. Só depois o presidente disse lamentar "os dois episódios".
"É tratamento isonômico, vai ser seguida a lei. A gente lamenta o ocorrido nos dois episódios, e vamos de acordo com órgão competente, o Ministério Público, a PRF. Não podemos generalizar", declarou Bolsonaro. "A Justiça vai decidir esse caso, sem pressão da mídia que tem o lado da bandidagem".