Bolsonaro chama Lula de camaleão da política por posição sobre aborto

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais com influenciadores digitais que o apoiam, o chefe do Executivo questionou o petista

13 out 2022 - 20h51
(atualizado às 21h28)
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 13, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, é um "camaleão da política" e um "encantador de serpentes". Durante transmissão ao vivo nas redes sociais com influenciadores digitais que o apoiam, o chefe do Executivo disse que o petista só declarou que é contrário ao aborto porque "pegou mal".

"Não dá para comparar, por exemplo, quatro anos de Lula com os nossos quatro, que estamos terminando agora, ou seja, uma diferença enorme em todos os aspectos. Também, obviamente, nas pautas de costumes", declarou o candidato à reeleição. "Agora o Lula virou contrário ao aborto. Ele viu que pegou mal ele falar que o aborto é questão de saúde pública, que essa história de família é ultrapassada. Pegou mal, ele muda de posição. Ele é o camaleão da política, é um encantador de serpentes", emendou Bolsonaro.

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Depois de passar o dia em Recife (PE), onde participou de atividades religiosas e disse que Lula "vai voltar para a cadeia", o presidente desembarcou no fim desta tarde em São Paulo (SP), onde cumpre agenda de campanha. Além do encontro com influenciadores, que participarão de um treinamento para rebater críticas e acusações a Bolsonaro, o chefe do Executivo também vai se reunir com empresários.

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O empresário e "coach" Pablo Marçal, que chegou a lançar candidatura à Presidência pelo Pros, participou da live e disse que é preciso unir política e religião. "A gente pode misturar política e religião? Quem fala que não pode é porque a pessoa não entende ou de política, ou de religião. Então, um grande pregador aí do passado dizia o seguinte: se você não mistura política e religião, vão se levantar falsos profetas e políticos ladrões", afirmou Marçal.

A candidatura de Marçal ao Planalto foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 6 de setembro, em meio a disputas internas no Pros. O partido decidiu apoiar Lula após diversas mudanças em seu comando que geraram uma batalha judicial. Após ter a candidatura negada, Marçal decidiu apoiar Bolsonaro e passou a defender o presidente nas redes sociais.

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